Minha menina...
Minha menina, por mais que o mundo grite palavras horríveis ou sussurre ofensas pesadas, ignore.
Por mais que sinta que nunca é o suficiente, e que precisa dar seu sangue para valer a pena, ignore.
Por mais que pareça ensurdecedor o ruído da rua berrando que você precisa ter grandes produções para “ser alguém”, ignore.
Ignore tudo o que te faz mal, pois nada disso é verdade, e nada é certeza.
Minha menina, me ouça com carinho e eu te falo com amor: você está viva, e faz tanto sentido a sua existência, o mundo sem você seria cinza.
O mundo sem suas palavras, sem seu afeto, seria tedioso e desconexo.
Minha menina, não se culpa e não se cobre por não correr tão rápido, por não alcançar, ou até mesmo por não chegar onde todos querem chegar.
Todos são iguais. E você é única e singular — e isso vale mais que qualquer “todos iguais”.
Minha menina, eu entendo a sua dor. Te acolho e te amo, te empodero e te peço para brilhar.
Preciso que olhe para os lados e veja o quão gigante é.
Minha menina, desde sempre te fizeram acreditar em mentiras.
E hoje, com muitas cicatrizes e feridas mal resolvidas, você tenta desacreditar.
Eu sei... é quase impossível aceitar que tudo o que acreditamos ser verdade, são mentiras.
Minha menina, olhe para frente.
Quantos dias você tem?
Por mais que você queira abraçar o mundo e a vida te impeça, o pouco que você tem pode ser mágico, se você quiser.
Paciência não é só uma virtude.
É a chave para ter paz e calma nesse seu coração apavorado e sonhador.
Então, minha menina, respire fundo e olhe como o sol está brilhando hoje.
Como as coisas estão bem.
Você está segura. Você está completa.
E está tudo bem.
Felicidade, minha menina, é um punhado de momentos felizes que criamos com pensamentos e atitudes positivas.
E nada disso tem valor se você apagar seu brilho querendo ser mais um “todos iguais”.